domingo, 25 de fevereiro de 2018

CONCURSO INSS: Déficit paralisa expansão das agências


Alerta é do presidente do INSS

Sem abertura do concurso do INSS e a chamada dos excedentes da seleção de 2015, o Instituto Nacional da Seguridade Social não poderá dar andamento ao projeto de Expansão das Agências da Previdência.

O alerta é do presidente do INSS, Francisco Lopes, que concedeu entrevista à TV ANASPS no último dia 02. O titular do Instituto preocupa-se com o déficit de pessoal.

Existe um projeto de abrir novas agências do INSS. Este projeto está suspenso por falta de servidores. A ideia é inaugurar somente as agências que estão prontas”, revelou, mostrando que um dos principais desafios da sua gestão será a grave necessidade de servidores.

“A falta de servidores é um deles (desafios), mas este não é um problema exclusivo do INSS. O serviço público como um todo está passando hoje por um problema de falta de pessoal. Não é que haja poucas pessoas. É que muitas estão prontas para se aposentar. E na saída da força de trabalho, está muito difícil de colocar uma nova. Temos então que colocar a tecnologia para suprir esse vácuo que vai acontecer nos próximos 10 anos”, comentou.


Reforçam as declarações do presidente os dados passados pelo INSS em nota técnica do Planejamento, justificando a necessidade de autorização do concurso. De acordo com o Instituto, quase 5 mil servidores já possuem condições para se aposentar, sendo 4.600 técnicos. No ano passado, o INSS foi o segundo órgão com mais aposentadorias no serviço público. No total, cerca de 1.800 saídas aconteceram. Ingressaram, contudo, 950 servidores.

SEM CONCURSO INSS, PRESIDENTE TEME PREJUÍZO NOS ATENDIMENTOS

Apesar das dificuldades, o presidente do INSS informou que o foco da sua gestão será o cidadão. Sobre a autorização de um novo concurso, Lopes mantém negociação com o Planejamento. O INSS deseja a chamada dos excedentes do concurso de 2015 e uma nova seleção. A pasta, por sua vez, analisa os pedidos e já manifestou que destinará o orçamento de novas seleções para órgãos estratégicos do governo, levando em conta as prioridades pautadas.

“Acredito que a falta de orçamento é um ponto sensível, mas temos que fazer o melhor com o que temos. O foco da minha gestão é no cidadão. Nós trabalhamos para o cidadão. Precisamos dar o atendimento melhor a quem vai procurar o INSS no 135 (Central de Atendimento) e nas APS (agência da Previdência). Esse é o nosso foco, fazer com que o cidadão fique menos insatisfeito do que está hoje”, salientou.   

O presidente já havia dito que sem a abertura de concurso e a chamada dos excedentes, teme prejuízo no atendimento dos segurados. O que pode animar o INSS é que, segundo o Ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, este ano os concursos voltarão a acontecer. Enquanto não há autorização, contudo, os segurados seguem prejudicados com a lentidão nos atendimentos.

Fonte: Folha Dirigida

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